Laboratórios - Reprodução Assistida


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Uma outra rotina importante, presente no Laboratório de Criopreservação e reprodução assistida é auxiliar modelos animais com perdas reprodutivas através da reprodução assistida.

O programa em rotina de reprodução assistida compreende o emprego das seguintes metodologias: fertilização in vitro (FIV); implante de embriões, transferência ovariana (TO), congelamento de espermatozóide e congelamento de tecido ovariano.
Por meio destas técnicas, linhagens com dificuldades para se reproduzir, podem ser beneficiadas, como por exemplo, algumas linhagens de modelos geneticamente modificados (transgênicos e knockouts); alguns mutantes e mesmo linhagens tradicionais que normalmente não se reproduzem satisfatoriamente.

Na FIV, os óvulos são retirados de uma fêmea doadora por meio da ruptura da ampola após uma superovulação. Em seguida eles são colocados em meio especifico, para terem contato com os espermatozóides retirados do aparelho reprodutor do macho (normalmente a porção caudal do epidídimo e o canal deferente), que foram capacitados em estufa de CO2. A placa com estas células é então levada de volta para a estufa, onde deverá acontecer a fertilização, após um período de 4 a 5 horas.

Em seguida, os óvulos fertilizados são lavados (para a retirada do excesso de espermatozóides), selecionados e depositados em uma placa de cultura para que possam ser implantados em fêmeas receptoras na manhã do dia seguinte. Após o período de gestação (que pode variar um pouco em razão da linhagem), tem-se o nascimento dos animais.

Na transferência ovariana, parte dos ovários de uma fêmea de interesse é colocado cirurgicamente em fêmeas receptoras. Para tanto, os ovários do fêmea que irá receber o enxerto, são removidos da bolsa ovariana, e o novo ovário é colocado em seu lugar, tomando-se o cuidado de posicioná-lo corretamente para que a ovulação seja bem sucedida. Este processo possibilita que linhagens que não conseguem se reproduzir, tais como modelos com distrofia muscular e paralisia progressiva, possam ter assegurada a sua presença na Instituição.

Finalmente o CEMIB mantém em rotina, um programa de congelamento de espermatozóides e tecido ovariano. Estes protocolos permitem que o genoma haplóide das linhagens seja preservado, ao mesmo tempo em que auxilia o banco de embriões, na função de restituir uma linhagem perdida. A técnica consiste na exposição ao vapor de LN2, em tempo controlado, de uma solução composta de meio com crioprotetor e espermatozóides ou ovários. Após o congelamento, a solução é transferida para containeres de LN2 onde permanecerão até o momento da fertilização in vitro ou da transferência ovariana.

 

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CEMIB – Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica na Área da Ciência em Animais de Laboratório - UNICAMP